terça-feira, agosto 24, 2010

Meu Pequeno Carnaval

Entre confetes e serpentinas
De mãos dadas cruzamos pontes
Minha alma brincou a vera
Tínhamos a energia de mil fontes.

Troças que quase me deram um troço
Nossos corações foram instrumentos
Que subiam e desciam como crianças
Com os bonecos éramos monumentos.

Fugimos das horas, corremos pelo dia
Sem fantasia nenhuma eu fui pierrô
Ela era deusa, divina e sem mitologia
Fiquei quatro dias regando uma só flor.

Ela foi meu fevereiro resumido
Minha sorte que me abraçou forte
Foi minha amiga de canto garrido
Foi o meu melhor curta sem corte.













segunda-feira, agosto 23, 2010

Ela é Festival


Na terra do frio pernambucano
Senti o calor da terna amizade
Da moça que tanto me dengava
Pintando beleza em toda parte

Noite que se fazia dia todo dia
Com alegria que ela carregava
Era nosso palco, a nossa festa
Show na rua, no bar e calçada

Canas com ela secaram a minha tristeza
Ela era mostra viva de eu estar vivo
Tocava-me e eu sentia a tamanha beleza
Plena felicidade no meu ego ali altivo

Não se apagarão da minha memória
Lembranças de um sonho tão real
Na terra do inverno mais ensolarado
Ela foi o meu maior e melhor festival.











sábado, agosto 14, 2010

O Quadro



Pintada nas telas de todos os lugares
Mostra-se nas paredes do espaço
Como obra de homens e mil deuses
Nos seus esforços de não cansaço

Não era mais uma das que via
Única no meio das tantas outras
Sem comparações de ordem vazia
Eram traços finos de formas soltas

Ficava exposta na frente dos mortais
Dos que respiravam, dos que sentiam
A arte que nos tocam a alma e ideais
Quadro a óleo e pele que olhos pediam

Eu a via e o contrário, claro que não.
Estava lá para contemplação e só!















sexta-feira, agosto 06, 2010

Minha Dona Alugada


Bom estar contigo naquele tempo
Semanas que ficaram alimentadas
Dias que me trouxeram tanto alento
Páginas e memórias ali repousadas.

Entre amigos, mãos e bocas
Cochilos no ônibus das voltas
As noites de cana tão rocas
Via-te nas Olindas, nas portas

Era a minha amiga de beijo
A minha quase namorada
Ela desejava o meu desejo
de ser minha dona alugada

Me ensinou tanto e sem saber
Se soubesse ensinaria muito mais
Se esperto fosse não iria esquecer
das letras que me dizias tão reais.




Rio de Mel

Olhos fechados que abrem o dia
De noite é mais musa que a lua
Suas águas correm em calmaria
É menina d’água de alma crua

Segue serena descendo seu leito
Fazendo brotar selvas de fantasias
Flores que nascem do seu jeito
Belas espécies que são suas crias

Provei dessa água e nela me perdi
Nas suas águas me sinto no céu
Pois não consigo viver se dela sair
Sou seu peixe no seu rio de mel



terça-feira, agosto 03, 2010

O poeta joga, ganha perdendo!

Não me entendia, nunca fiz isso
Mas você me sabia como ninguém
Joguei-me e mais uma vez perdi
Apanhei bem me tornando refém.

Tu estás feliz, os ventos a sopraram
O cuidado de amor nascedouro
Outros o tiveram, foram de fato
São esses que merecem o louro

A gloria, o triunfo de estar ao lado
De uma pessoa que me soa tão bem
Conquistaste as terras da felicidade
És rainha do nobre que agora a tem

Ao menos és minha amiga de laço
Calor irradiante que ilumina a dor
São abençoados pelo teu abraço
Os que te tem e sabem teu amor.



De perto, de longe...

Você sem saber me fez crer
Nem que seja por um momento
Que o amor pode ser pesado
Mas tão leve como o vento.

De longe, aqui no lugar algum
Vejo suas fotos e só penso
Como de perto seria bom
São batalhas que não venço.

Rezo contra o que quero esquecer
Luto todos os dias para te lembrar
Perdendo e ganhando eu me prendo
Nas letras que dizem o seu olhar.

Você é algo bom que me faz bem
Perto, de longe, posso sentir
Quanto tu me enche de esperança
Você é onde quero sempre ir.

Para minha amiga Pri.