sábado, janeiro 03, 2015

Cora, coração...

Já te conheço bem e sei que você tem
Os olhos da nossa alma.
Nosso amor te fez pra você sair de vez
Minha menina tenha calma.
Sei que você é forte por isso tanto sacode
E que você não tem medo do escuro.
Quando você crescer, nós vamos correr.
Na brincadeira de viver o mundo.

Você é minha coragem, meu coração
A minha Cora e cara canção.
Eu nunca te vi mais eu te sei bem.
Com os olhos do amor enxergo além.

sábado, março 29, 2014

Greve Nossa

Greve dos professores da rede estadual do Tocantins - Março de 2014

Braços cansados e a máquina cruel que não desliga.

O povo é muito, tem pouco a receber do bolo da vida.

Não é de bom gosto a migalha que nos empurram.

O trabalho é o coletivo do individuo que nos endivida.

O público e o privado não são nada sem nosso salário.

Somos a mão de obra que alimenta a boca deles.

Vamos entender o nosso contrato social e jogar.

Antes que seja tarde e a verdade para longe se vá.

O corpo é nosso, o trabalho, a semente e a fruta.

Cansamos desse sol enquanto vocês vivem de lua.

O direito é uma árvore que faz sombra para todos.

A vassoura agora varrerá do palácio até a minha rua.

A greve é toda nossa, mas a culpa é inteiramente sua.

domingo, abril 14, 2013

Até lá...


Até quando nossas peles forem flácidas de mais e os ossos rígidos de menos.
Quando tarefas das mais simples forem as mais difíceis, sem ritmo e sem jeito.
Quando a tarde for já bem tarde e a noitinha for a desventura de um deleito.

Até quando dividirmos o espaço das caixas de remédios, exames e chinelos.
Quando o longe não for visto nem de perto e as pratas dos cabelos esvoaçarem.
Quando os domingos forem todos os dias e as folhas dos meses acumularem.

Quando forem delicadas operações as ídas ao banheiro.
Quando os netos de um dia valerem por um ano inteiro.
Quando o que ficar, desejar ir depressamente depois.
Quando a ausência de um for a falta que dói nos dois.

Desde já, até lá... Minha Carol!

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Voltar...

A dor de partir é inversamente proporcional à alegria encomendada da volta.
O parto por parte onde choram a mãe e o filho pela saída que é entrada.
Um depois bem depois do gastar e do custar de uma longa data estrada.

Ir pode ser bom, voltar pode ser melhor, sair da guerra morta e entrar na vívida paz.
Ler os jornais de hoje podendo ler os de amanhã, em uma manhã sã, doce bem rosa.
Fazer amor com seu amor, ir devagarinho no ouvidinho com malicia van e sinuosa.

São essas coisas e muito mais, em nome de todos, de toda mãe, todo filho e todo pai.
Quem vai tem que voltar, quem volta tem que ficar, mas pode ser verdade que não cabe.
Pode ser nó que não se desate, ou fio que desfie como na vida onde o fim nunca se sabe.

Não tem jeito, para voltar é preciso primeiramente ir, essa é uma das certezas do livro.
Das páginas que contam toda a história, do inicio ao fim, que guardam a suma realidade.
A partida dando inicio a primeira parte que vaga até o fim criando a mágica da saudade.

terça-feira, novembro 20, 2012

Um Pernambucoso Caso de Amor



Eu não sou pernambucano, nasci no Pará em setembro de 84, saí de Marabá para Manaus, fui esperar meu irmão nascer, Pernambuco, terra dos meus pais, a partir dos três fui morar em Recife, terra que me viu melhor e me criou. Crescendo, “já morei em tantas casas que nem me lembro mais”, tantos bairros recifenses. Quando menino, pai militar, em Porto Velho fui morar, o Norte pela segunda vez.

Separação, morei com minha mãe e depois com o meu pai, estudei na Conde da Boa Vista, me formei lá em Nazaré, excursionei o Nordeste, o Brasil nas viagens “de e da História”, aprendi a aprender e até iniciei a aprender a ensinar, ainda não sei, assim como não sabia também amar.

Atravessei o Atlântico e passei um tempo em Lisboa e na cegueira de tanto andar descaminhando, descobri o caminho do meu próprio vento, voltei à velha Maurícia de um novo tempo. Tudo no meio e depois de tantas aventuras desventuradas, paixões juvenis e universitárias, forrós, frevos, cocos e maracatus, carnavais, Olinda e Recife Antigo, idas a Ilha do Retiro, amigos do Náutico, do Santinha, da Parabelo, do condomínio, tanta gente do meu peito.

Após duas vidas que morreram, a “Ensolarada” do Cordeiro e a “Morena de Areia e Sal” do Cabo de St. º Agostinho, ferido sem saber, corte que eu mesmo fiz, em mim e nos outros, perdido ao pensar que me acharia, me estabeleci perto do Pará (Norte na vez três), bem no pescoço do país, no Norte do Tocantins e sempre voltando nas férias do meu renascimento, em Recife nasci pela terceira vez.

Passei de vez a assumir casos que me trouxeram acasos, meu caso com Pernambuco, meu caso com as pernambucanas. Encontrei na terceira vida, a terceira pessoa e a terceira chance, aquela que me fez ser de novo, alguém que aos 28 vem aprendendo, que enfim aprendeu com todos os erros das vidas passadas, pedindo tanto perdão, também fui me perdoando
Meu “Raio de Sol” de Boa Viagem, que iluminou todas as pedras para o meu ser, um aprendiz, do tipo que aprendi a aprender, aprende a ensinar, aprende Pernambuco, aprende que sabe e pode amar de novo. A chave para todas essas portas sempre foi a mágica “terra dos altos coqueiros”, neste universo é o grão que me vale e assim, em algum breve dia, nas terras do melhor são joão, no chão verde açúcar da Zona da Mata, ou nas brisas de sal do litoral, iniciando na lua e invadindo ruas e avenidas com o sol, se ela aceitar, em algum lugar desse mundo Pernambuco a gente vai se casar, e no depois, qualquer lugar será apenas mais um lugar.







sexta-feira, novembro 09, 2012

Iú és sei





U.S.A, U.S.A velha coroa e um novo rei
U.S.A, U.S.A é você que dita a nova lei

Teu pronunciamento para o mundo
Tua voz é a razão perdida da nação
Em um império que mesmo caindo
A loucura é um discurso bem são.

U.S.A, U.S.A um Obama de cada vez
U.S.A, U.S.A diz o que eu já não sei

Sandy varreu cuba e outras ilhas por ai
Mas lágrimas só lavam a lama de vocês
Em York o espelho do mundo quebrou
A Casa Branca do Barak no show da vez






quarta-feira, outubro 24, 2012

Terra e Água


Eu sou a terra, mesmo que ainda senhor de mim,
sou teu servo pelo laço, viro caça quando eu te caço.
 Me perco e me acho nessas terras que ainda minhas,
 fecundam vão, nas veias que correm nos teus braços.

Eu sou a água, mesmo que salgada pela distancia,
 a lágrima poente, fico doente sem você minha cura.
 Eu me sinto e me pinto com a cor do seu sorriso,
 riso do rio doce no vento que você soprou em mim.

 Sinto-me assim, meio água na terra meia,
 com sede tua como guerra que bebe paz.
 Aguardando essa água encontrar a terra,
 a nossa vida aportando no mesmo cais.






 




sábado, agosto 04, 2012

Espaço Mulher


Mulheres são de Marte, são de parte de mais da metade do nosso mundo.
Mulheres são de Vênus, são bem menos para nos faltar imensamente mais.
Mulheres são do Universo, são do verso e reverso para a posição peculiar dos homens.

A posição de estarem sempre dentro, presos no espaço delas. Por elas e para elas vivemos não ousando saber da geografia, é melhor se perder neste infinito, navegá-las ao vento, tentar saber da onde sopra o vento é tormento na cabeça, alimento para um rebento. A mulher é lugar algum, é tudo e é nenhum, é um labirinto das ideias que viram ciranda, não se anda certo, só se anda.

domingo, maio 20, 2012

Censura

Força dos maus que alimenta-se da fraqueza dos bons
Bondade falsa das palavras que geram o fantasioso bem
Bem para quem e por quem? O opressor casado com sua vitima.

Calabouço da fé, da imagem de um mundo melhor.
Carcereiro das esperanças que vivem a pão e água.
Voz imperativa de um sobre o tudo e o todo.

Gosto ruim de sangue na boca que ainda ousa
Carne estraçalhada da alma ferida e sem céu
Inclemente e justo fim da própria injustiça.

É o que passa nas ondas da rádio, nos tubos de TV.
Nas linhas dos jornais, livros, revistas e sites.
Nos fonemas das muitas palavras ditas.

É o que não passa, não de um jeito, maneira.
Não pela via crucis da sagrada liberdade
É a grade, a cerca, o grilhão, a ilha perdida.

É o mundo de uns poucos que tem uns muitos.
É o juizado dos juízos alheios
É o juiz que não tem juízo.

segunda-feira, maio 07, 2012

Vivendo...

 
Estou vivendo na capacidade, 
 na vontade que me teima dar.
De todos os dias te saber, 
acordando para te pensar.

Toda distancia de qualquer lugar, 
eu sobrevivo em mim e por ti.
Na certeza de tu me levar,
no lugar que não poderei sair.

Um viver morrendo de amor,
na fé que tudo certo dará.
Espero até mesmo o nunca,
vivendo até tu me chegar.
 
 Para Caroline Soares