A terra do sol é também boa de chuva
A janela aberta venta o cabelo dela
Nuvens às vezes dão no sol uma surra
A minha rua de água virou uma cela
Nesses dias a ciranda é melhor na praia
O Capibaribe briga com as pontes
As sombrinhas de frevo perdem a graça
Coqueiros se envergam aos montes
Dois dias de casa surge um mundo
Meus livros e músicas ganham da TV
Meu quarto é lugar de pensar fecundo
Minhas letras gritam querendo te ver
Eu queria poder ir agora à sua casa
E mostrar o texto que fiz para você
A chuva não falta e nuvem não passa
A alma molhada faz a poesia crescer
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