quarta-feira, abril 20, 2011

Aquilo

Eu queria aquilo que é muito e que nunca é nada
O que é maior que tudo
Aquilo que é distante e tão perto da minha casa

Eu queria aquilo que não se encontra no mundo
Aquilo que não tem solução
Apenas ares de um cosmo que me surge fundo

Aquilo que todos precisam e todos querem
O gesto que o inimigo não oferece
O lugar onde alegria e tristeza se parecem

Aquilo que achado não anula a sua procura
O muito bem carregado de um pouco mal
Ficção real de uma saúde que não tem cura








segunda-feira, abril 18, 2011

Recife Chuva


A terra do sol é também boa de chuva
A janela aberta venta o cabelo dela
Nuvens às vezes dão no sol uma surra
A minha rua de água virou uma cela

Nesses dias a ciranda é melhor na praia
O Capibaribe briga com as pontes
As sombrinhas de frevo perdem a graça
Coqueiros se envergam aos montes

Dois dias de casa surge um mundo
Meus livros e músicas ganham da TV
Meu quarto é lugar de pensar fecundo
Minhas letras gritam querendo te ver

Eu queria poder ir agora à sua casa
E mostrar o texto que fiz para você
A chuva não falta e nuvem não passa
A alma molhada faz a poesia crescer













terça-feira, abril 12, 2011

Quando é que você sai?



Quem é você que não sai da minha cabeça?
Quem é você que da minha cabeça não sai?
Vai embora com a tua beleza
Para que eu esqueça pelo menos
O que não posso esquecer jamais.

O teu sorriso vivo na minha lembrança
O teu olhar doce de criança
E o falar manso da tua voz
Que no ouvido faz guerra de paz
E da minha cabeça, quando é que você sai?

Mas vá embora devagar
E me avise para onde vai.

Mais um sambinha pra nós Queirós!!