quarta-feira, outubro 24, 2012

Terra e Água


Eu sou a terra, mesmo que ainda senhor de mim,
sou teu servo pelo laço, viro caça quando eu te caço.
 Me perco e me acho nessas terras que ainda minhas,
 fecundam vão, nas veias que correm nos teus braços.

Eu sou a água, mesmo que salgada pela distancia,
 a lágrima poente, fico doente sem você minha cura.
 Eu me sinto e me pinto com a cor do seu sorriso,
 riso do rio doce no vento que você soprou em mim.

 Sinto-me assim, meio água na terra meia,
 com sede tua como guerra que bebe paz.
 Aguardando essa água encontrar a terra,
 a nossa vida aportando no mesmo cais.