domingo, outubro 01, 2006

Flor da Varanda.


Morena cor da terra.
Escultura na janela.

Chama que acende a vela.
Num soneto de Florbela.

Sua pele de doces pétalas.
Toca o coração dos poetas.
Sua meiguice declarada.
Faz à tarde ensolarada.

Seu corpo é um pedaço do céu.
Seu cheiro forte de mel.
Seus lábios entorpecentes.
Poesia de mil repentes.

Seu leve caminhar.
Leva-me para sonhar.
Num canto escondido na lua.
Grito que minha alma é sua.

Jarro de flor na varanda.
Gosto de cana-caiãna.
Canto lírico da berlinda.
Dos jardins de Olinda.

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