segunda-feira, outubro 09, 2006

Recife de enCANTOS!

Recife formando corais.
Melhor vista dos litorais.
Dos ferros no Mercado de São José.
De palafitas, de arte no alto do Zé.

Recife de alfaia, sanfona e rabeca.
Luta e resistência do Frei Caneca.
Dos ideais de Joaquim Nabuco.
Município luz de Pernambuco.

Recife que não para.
Terra que não se cala.
Capital do coroado leão do Norte.
De canhões nas pontas do forte.

Do toque dos tambores silenciosos.
Com muitos fevereiros saudosos.
Passos plásticos do frevo em trevo.
Na passata do Pátio de São Pedro.
Recife Novo e Antigo, igreja e sino
Assombrações da Chora Menino.
Do belo Teatro Santa Isabel.
Do comércio na Rua do Rangel.

Na Rua Nova. passa tempo, hora.
Caminhada beira rio da Aurora.
Dos jardins da Praça do Arsenal
Ruas lavadas depois do carnaval.

Das pontes que contam a sua propria história.
Refletida nas águas a baixo da Ponte Giratória.
O galo gigante na Ponte Duarte Coelho.
Aos seus pés, foliões sobre sol vermelho.

Contada nos versos de Nelson Ferreira.
Aclamada nas exaltações de Bandeira
Cantada nas troças, obras de Capiba.
Melodias ao som de cabaça e biririba.

Lugar de Chico Ciência e Fred 04.
Salustiano sobe de rabeca no palco.
Chegando perto Alceu, Otto e Lenine.
show anotado em jornal, cordel e zine.

Do cheiro de pipoca no São Luís.
No cartaz, pose de ator e atriz.
Dos antigos Trianon e cine-Veneza.
Filmes exibidos com classe e fineza.

Do Tricolô do Arruda, cobra coral é filha.
Da imponência do leão do Sport lá na Ilha.
Do Clube Náutico, valente timbú da peste.
Formando a trinca de ouro do Nordeste .

Recife da sabedoria dos seus poetas.
Majestosos metais de suas orquestras.
Declamado em cantos de beleza mil.
Recife, belissíma obra desse Brasil.

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