sexta-feira, janeiro 26, 2007

Marinheiro Só.





Sua casa é no alto mar.
Coração salgado há chorar.
A solidão é sua companheira,
lhe acompanha a cada ceia.

Com os pés no azul.
Proa sentido ao sul.
A aventura na maresia.
Mar de prata. Fantasia.

Ouvindo som das baleias,
doces cantos das sereias.
A nuvem desenha uma lembrança,
na altura do Cabo da Esperança.

Nas profundezas do seu coração.
A água congela o sentimento.
Descontrolando o seu timão.
Deixando o mar turbulento.

Seu futuro depende do vento.
No velejar de cada momento.
Pescando seus sonhos de ilusões.
Sobrevivendo ao mar de tubarões.

A noite iluminada por estrelas.
Rasgadas por longos cometas.
Nas águas escuras e sombrias.
O grande medo do fim dos dias.

O marinheiro segue sempre só.
A cada dia, sempre um novo nó.
Amando o mar e o mar o amando.
No seu berço azul, segue sonhando.


Dhiogo Rezende.

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