domingo, maio 20, 2012

Censura

Força dos maus que alimenta-se da fraqueza dos bons
Bondade falsa das palavras que geram o fantasioso bem
Bem para quem e por quem? O opressor casado com sua vitima.

Calabouço da fé, da imagem de um mundo melhor.
Carcereiro das esperanças que vivem a pão e água.
Voz imperativa de um sobre o tudo e o todo.

Gosto ruim de sangue na boca que ainda ousa
Carne estraçalhada da alma ferida e sem céu
Inclemente e justo fim da própria injustiça.

É o que passa nas ondas da rádio, nos tubos de TV.
Nas linhas dos jornais, livros, revistas e sites.
Nos fonemas das muitas palavras ditas.

É o que não passa, não de um jeito, maneira.
Não pela via crucis da sagrada liberdade
É a grade, a cerca, o grilhão, a ilha perdida.

É o mundo de uns poucos que tem uns muitos.
É o juizado dos juízos alheios
É o juiz que não tem juízo.

Um comentário:

Alnikmar disse...

Massa, bro. Infeliz não é o que se cala, mas o que é calado.