quarta-feira, setembro 27, 2006

Desculpa Alceu!



Que me desculpe Alceu.
Quem a beijou fui eu.
Eu senti a carne de cajú.
Provei com uma lapada de "pitú".
Desfrutei, aprovei, logo delirei.
Se existe beijo melhor, não sei.
Na batida do frevo canção.
Batia mais forte meu coração.
Morena doce, melada de beleza.
Na sua boca o sumo da pureza.
Pele macia, cheiro de manga rosa.
Perfume solto no meio da prosa.
Olhar de jabuticaba madura.
Deus coloca sua assinatura.
Na pele de jambo noturno.
Lua da terra, anéis de saturno.
Pernambucana do Cabo feita de areia e sal.
Ondas fortes levam as paixões ao litoral.
Escultura viva de mulher ainda menina.
Bela flor escondida, ouro preso na mina.
Beijei a morena tropicana de Alceu.
Se for pecado? Que nada, sou ateu.
Provei da saliva doce, melaço de cana.
Da língua de canela, marca da pernambucana.

Nenhum comentário: