quinta-feira, setembro 28, 2006

Dialética dos Sonhos!


Sonhos de vontades me levam a dimensões.
Fazem-me navegar nos princípios das razões.
Escolher entre o querer, e o poder.
O morrer e nascer, ser e não viver.

A vontade de você me consome.
Essa doença interna não some.
O coração quer ajudar, mas não pode.
Este sufocado, pelo amor em alta dose.

Como um vírus forte, poderoso.
A vontade consome, deixa ocioso.
Meus olhos só enxergam os seus.
Ilusão! Seus lábios querem os meus.

Nesse jogo de vontades estranhas.
toco minha alma, minhas entranhas.
Tento renegar as vontades.
Tento separar as metades.

O vírus do amor é invencível.
Sua contaminação é invisível.
Só me resta devagar, agonizar.
O coração cheio de amor parar.


Essa melodia, sozinho vou tecer.
O som diminuir e assim esquecer.
Para quando dormir a vontade voltar.
Pois eu preciso dela para acalmar.

Um coração que não agüenta mais.
Esses fluxos de sangue irreais.
Não estou mais agüentando.
O despertar não está sanando.

Não sei se quero dormir ou acordar.
Não sei em que mundo vou saltar.
Poder mergulhar nesses olhos negros.
Seus segredos, guardar com lanceiros.

Queria da sua língua, um abraço.
Do seu corpo, um grande laço.
Nos sonhos o irreal aquece.
A realidade assim envelhece.

Queria na sua boca, morrer.
No seu doce sorriso, renascer.
Em você eu queria crescer, viver, morar.
No seu coração, me internar, me alojar.

Quero desvendar seus segredos.
Atender todos seus vivos desejos.
Queria matar, acordar essa vontade.
Antes que me mate, que seja tarde.

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