quinta-feira, setembro 28, 2006

Quem é essa mulher?


Ela é mais que as outras, é uma em muitas, é a flor, o jardim, o caminho das águas e das pedras, a deusa mortal da natureza, o brilho da aurora, a acumulação de beleza, é o som da flauta doce, o vento do norte, o mundo em uma volta, o verde da mata, o sonho da noite, o cair das flores no outono, a arte na poesia terminando em prosa.

Ela é real e imaginaria, sabe o que é, sabe muito bem o que não quer, é a própria alegria, às vezes a tristeza dos outros, se coloca como um espelho reflete o belo e repele o falso. É morte e vida nas almas, é o sangue daqueles que a desejam, a variedade de cores da flora, o desespero dos que não podem ao menos vê-la.

É a vontade que não pode existir, o abraço não dado, o beijo que não pode ser roubado, o contentamento mais descontente, é o remédio dos carentes, a água fresca nos corpos ardentes, é o chamado ignorado, o olhar desviado, a busca do inacessível, é o meu coração invisível.

É o sonho de quem não dorme, a utopia dos fantasiosos, o tato imaterial, a loucura que corre os cantos do cérebro, a violência do amor em pancadas suaves, o orgulho de ser do jeito que é, simplesmente mulher faceira, adorada, desenhada e denotada nos contos das inverdades.

Essa mulher existe em varias cabeças, em vários sonhos, ela é fruto do imaginário freqüente nos pensamentos daqueles que vivem um amor platônico, incomum, ao mesmo tempo mortal e vital.

Ela pode ser qualquer uma, pode ter qualquer nome, qualquer jeito, pode ser boa ou má, mas aos olhos dos fieis corações, ela é tudo que existe e ao mesmo tempo não existe.

Ela é mulher de vários carnavais, composição de pensamentos carnais de confrontos mentais, ela é o que o amor poder transformar. Para aqueles que a levam no peito, é uma mistura de conforto com um casual azar.

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