
Com sangue, mais sem horror.
Sem horror, mais com dor.
Sem dor, mais com medo.
Sem medo, mais vermelho.
Vermelho vivo em preto morto.
Descarnando a alma latente.
Vai se tomando um lodo.
A morte bebe vinho quente.
Com altas risadas no seu pranto.
Faz não existir nenhum acalanto.
Faz-se presente a qualquer hora.
Pode vir depressa, às vezes demora.
A terra úmida e fria convida.
A uma morada única e eterna.
Talvez seja outro tipo de vida.
A Escuridão no fim da caverna.
Senhora do mal irremediável.
Dos cadáveres velados.
Viagem com retorno inviável.
Inicia em buracos marcados.
Na pedra, mais um que não é mais.
Flores o rodeando em coroas.
Rezas em pensamentos carnais.
Grama verde em face às garoas.
Dhiogo Rezende.
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